quarta-feira, 11 de maio de 2011

Amadurecência

Perdido em si,

caminhando num sonho

que fez-se em pesadelo.

Fugindo, embebido de ilusões,

correndo por rua interminável,

até encontrar

flores jogadas no chão.

Flores que recolhe

como filhas queridas.

E neste instante,

erguer os olhos

e ver refletida

a imagem num espelho.

E ao tomar

noção da própria face,

assustar-se e sentir-se feliz,

numa dualidade de amor e ódio,

num limite entre real e virtual.

Zombando de si, rindo de tudo,

não conseguindo

conciliar tristeza e alegria.

Vendo-se como suave pomba

a transformar-se

em ave de rapina,

para depois

novamente ser pomba....

Modificando-se sem parar,

não tendo respostas,

mas andando

em meio às dúvidas.

Alucinando com as próprias perguntas...



Outro de flores.

Hoje sonhei com ela.


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