terça-feira, 1 de novembro de 2011

Decifra-me...





Doce ilusão que aflora minha alma, que corta meu coração e sangra minha mente.
Doce delírio que de tanto acreditar, tornou-se real, por instantes, semanas, dias, tão translúcida, tão serena que por vezes eu tocava, sentia, cheirava.

Com um sonâmbulo em delírio corri o mundo, refis meu caminho, saltando de sonho em sonho, tentando tranças os fios do destino, tentando tornar o sonho mais longo…
Quem disse que a perfeição é chata, no meu sonho, no peristilo de minha fé, ainda tento segurar firme minha razão que escorre por entre os dedos…

Oh tempo que me destrói, que sempre me trás a realidade, tão cruel e sem gosto, que dele nem quero mais, amarga e sem cor, sem vida…
Que bom seria se me sonho não acaba-se, se nele pode-se continuar vivendo, sobre os rochedos do infinito, sobre as certezas do nada…

Mais a realidade, é mais forte, mais dura, mais complicada, assim, passo meus dias a pensar nas noites, nas noites que começo a viver, onde abro as portas dos sonhos e me jogo por inteiro, na vida que sempre quis…
Cinzas são meus pensamentos, cinza dos dias de chuva que tanto gosto, dos pingos que me pegam, dos desejos que me trazem, da alegria que me tomam.

Porque viver não pode ser um sonho, porque meu sonho não pode ser minha vida…Assim adormeço, e começo a viver…
Doce vida seria a minha, se não acorda-se jamais…

No mais, vida que segue, calma como um vulcão e arrebatadora como um desabrochar de uma rosa.

Ansioso....

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